Há diversos tipos de mudanças.
Há mudanças das boas, das planejadas, daquelas desejadas há longos períodos de tempos.
Há uma certa mudança que até ela acontecer tu mesmo mudou tanto que a mudança em si nem é mais tão mudança. É resultado.
Sabe aquelas mudanças internas de estado de espírito enquanto tu muda a vida?
São aquelas mudanças calmas como as fases da lua para a maré cheia.
Mas há, sim, tipos e tipinhos de mudanças.
E há aquele certo tipo de mudança que vem para arrasar tua vida.
Há aquela mundaça que vem pra bagunçar tua estabilidade.
Ela simplesmente corre como ventania destruindo toda paz que encontra pela frente.
É aquela mudança inesperada, aquela que chega sem pedir permissão nem avisar.
Sabe aquela mundaça que invade tua casa, senta no sofá e espera um café passado?
Há um certo tipo de mudança que te obriga a mudar mesmo quando tu quer temperança.
Tu está naquele dia ensolarado de primavera e então, eis que não mais do que de repente, a mudança te liga e diz: É agora, babe!
Ela não te dá chance de mudar. Ela te chuta. Ela te espanca. Ela te muda sem nem perguntar.
Ela molda teu novo caminho antes mesmo que tu pense em caminhar.
Esta, meu amor, é a mudança de Shiva.
É a mudança da destruição.
É a mudança da devastação.
Esta mudaça é aquela que não deixa rastros. Deixa marcas profundas de unhas nas paredes na vã tentativa de permanecer no mesmo lugar.
E esta mudaça, babe, é aquela que força teus olhos se abrirem a todas as mudanças que tu deixaria passar.
São essas doloridas mudança as que tu realmente precisa na tua vida.
Shiva, babe, só destrói o velho hábito para construir um novo.
Shiva só destrói tua casa para que tu possa olhar as estrelas.
É dessa abrupta mudança violenta e inesperada que surge, sempre, o mais lindo e valoroso sorriso no final do dia.
E quando muda teu mundo, meu bem, tu já pode chamá-la mundança.